quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um novo trilho


Depois de uma looonga ausência fica aqui o seguinte aviso:

Os nossos trilhos aumentaram considerávelmente de extensão...

Para mais informações consultar:


Até breve :)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Trilhando na Herdade da Apostiça

A Herdade da Apostiça é daqueles locais perto de casa aos quais vamos nos fins-de-semana em que acordamos tarde e não temos planos específicos para o dia. Já lá fomos imensas vezes; damos uma volta ao lago e voltamos ao carro.

Muitas vezes esta volta sabe-nos a pouco, principalmente quando nada nos capta a atenção, os motivos fotográficos tendem a não aparecer, e estamos numa fase em que só apetece ir de férias e fazemos questão de comparar o local ao Gerês ou a Montesinho... Mas a verdade é que não nos podemos queixar. Já lá avistamos várias espécies, repartidas pelas várias visitas: rã verde, rã de focinho pontiagudo, garça-real, gralha, pato-real, uma raposa e uns coelhitos.
Num pequeno lago adjacente encontrámos duas espécies de tartarugas exóticas. Na maioria dos casos, são animais comprados em lojas como animais de estimação, e quando crescem, a família vai com o pequenote "devolver o animal à natureza". Os impactos deste gesto inconsciente são gravíssimos para as populações locais, devido à maior fecundidade e agressividade das espécies invasoras.

A visita mais recente trouxe-nos uma agradável surpresa. Desde sempre vasculhamos um muro semi-destruído que lá existe, que nos parecia ser o sítio ideal (já tinhamos encontrado mudas de pele) para a existência de cobras. Neste dia, debaixo de uma pedra, B. finalmente encontrou uma cobrita de tamanho razoável, e que não foi muito difícil de apanhar. A pobre cobra-de-água-viperina (Natrix maura) foi “torturada” com uma sessão fotográfica, e passou bastante tempo a debater-se nas nossas mãos (escusado será dizer que a máquina apenas veio connosco por uma feliz lembrança de D., que faz questão de referir “nunca sabemos o que vamos encontrar hoje”). Esta espécie deve o seu nome "viperina" ao modo como imita o comportamento das víboras quando se sente ameaçada (sibila e achata a cabeça, para além do padrão em zigue-zague semelhante). No entanto é uma espécie totalmente inofensiva, e esta nem sequer abriu a boca...


Aspecto geral

Rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi)

Rã-verde (Pelophylax perezi)

Libélula (Orthetrum brunneum)

Tartaruga exótica introduzida

Cágado mediterrânico (Mauremys leprosa)

Borboleta Maravilha (Colias croceus)

Anda cá que já te apanhei...

Cobra de água viperina (Natrix maura)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Trilhando em Montesinho - parte I

Setembro 2007 - destino Parque Natural de Montesinho.
A vontade de ir não era grande, era muito mais do que isso. As expectativas também eram altas, mas foram superadas.
Saímos da selva urbana ao fim da tarde, assim que nos foi possível livrar do trabalho. Muitos kms depois chegamos ao nosso destino Camping Cepo Verde.
Chegámos já perto da meia-noite, a chuviscar, evitamos atropelar um corpulento sapo que andava por ali a passear, e começamos logo a montar a tenda, descarregar sacos, malas e restantes apetrechos de campismo. O campo base estava pronto! E ainda bem, na manhã seguinte acordamos ao som da trovoada! Já estiveram no meio da serra, numa tenda, num dia de trovoada? Indescritivel...
Nessa manhã assim que foi possível explorámos as redondezas do parque.
Repetimos o passeio todos os dias, as paisagens e a vida que encontrámos eram mais do que motivo suficiente!

Campo base

Sapo-comum (Bufo bufo) , provavelmente o que evitámos atropelar na 1º noite...

Interior do parque

Vida animal sempre presente

Castanheiro gigante

Vista do parque ao fim da tarde

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Trilho a percorrer... um dia

O Caminito del Rey localiza-se em Málaga no sul de Espanha. Trata-se de um impressionante percurso que se estende ao longo da Garganta del Chorro, situado a uma altura entre os 150 e 200m. Durante anos foi utilizado como acesso para os trabalhadores das barragens do rio Guadalhorce.
Actualmente, "el Caminito" encontra-se vedado ao público por razões de segurança, já que apesar da sua evidente degradação, a passagem continuava a ser procurada pelos espíritos mais aventureiros (facto é, que aqueles que são mesmo mesmo aventureiros, não se inibem com esta "proibição"). A sua recuperação foi aprovada pelo governo regional da Andaluzia em 2006.

Um trilho a percorrer um dia... ou talvez não?

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Um Trilho recente!

Domingo de manhã... objectivo: escalar! Já há muito tempo que estava prometido. Iniciamo-nos na escalada há pouco tempo, consideramo-nos iniciados motivados! Desta vez o destino foi relativamente perto de casa: Sintra, o Penedo da Amizade. Tentamos um trilho novo, o que parte do parque de estacionamento do Castelo dos Mouros. Não foi muito difícil de chegar lá, o momento mais atribulado foi o cruzamento com um aracnideo de considerável tamanho, que não se inibiu de saltar para cima de B.

- Estas teias são mais resistentes que o normal!
- Peraí... tens aí uma coisa...

No entanto, o momento não foi propício ao registo fotográfico, fica para outra oportunidade...

Como previsto passamos lá o dia, entre alguns arranhões e alguns topos atingidos para nossa grande satisfação. O próximo "ataque" será às vias de grau V.

Mas o momento alto ainda estava para vir. De regresso ao carro, não nos deparamos com mais nenhum espécime que valha a pena registar. Estavamos exaustos da caminhada com o material às costas, e decidimos descansar um pouco no carro para recuperar forças.

- Vi qualquer coisa a mexer ali à frente...
- Onde?
- Ali, ao pé da cerca. Pelo tamanho talvez seja um ratinho. Olha, estou a vê-lo, ali! Não estás a ver?
- Mais ou menos...
- Acho que é um lagarto, vamos saír, mas sem fazer barulho. Trás a maquina!
...
- Que lindo! Acho que é uma salamandra!
- Tás parva?! É um juvenil de sardão ou de lagarto de água, de certeza!

O palpite de B. revelou-se correcto. Foi dos lagartos mais bonitos que tivemos oportunidade de agarrar e de fotografar. Era um juvenil de 1 ou 2 semanas de Lagarto de água (Lacerta schreiberi). Foi a 1ª vez que vimos esta espécie em Sintra. E ainda estivémos na dúvida sobre se levávamos a máquina fotográfica na noite anterior...





segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Os primeiros Trilhos...

Ao longo do tempo, fomos percorrendo caminhos cada vez menos alcatroados, cada vez menos povoados, cada vez menos óbvios.

Sempre que possível fugimos da nossa vida betonizada, e com a sensação de quem não sabe o que vai encontrar, percorremos os nossos Trilhos Verdes que nos levam a sítios esquecidos, desconhecidos ou ignorados. E em cada trilho, descobrimos sempre algo que vale a pena recordar, por vezes algo que não é maior do que a ponta do nosso dedo...

Foi sobretudo para não deixar cair no esquecimento esses Trilhos, que criamos este blogue. Pequenos fragmentos que a memória iria esquecer, mas que assim serão recordados, por nós e por quem percorrer estes Trilhos.